Você é ou conhece um profissional fora da curva que não se encaixou em uma empresa?
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Se tem uma coisa que percebi depois de muitos anos de trabalho com tecnologia é que existe muita diversidade cultural na área de tecnologia. Existem empresas que respiram inovação, se arriscam e querem qualidade acima de prazos. Existem empresas que se assumem como tradicionais, entendem que o ágil é apenas uma moda ou o negócio é tão critico que o risco de inovar não vale a pena (ai que surgem os labs ou centros de inovações). E existem também as empresas que querem inovar, mas não sabem exatamente como ou sabem, mas os passos precisam ser mais lentos.
As que respiram inovação
Empresas que prezam pela qualidade e inovação acima de qualquer prazo são geralmente empresas novas, nasceram na nuvem e acham que estar uma versão antes da LTS em algum framework é estar dando manutenção em legado. Este é o caso que atrai os profissionais pois além de estar trabalhando, estão constantemente atualizados por conta da cultura de inovação existente na empresa.
As tradicionais
Geralmente empresas mais velhas, com modelo de negócio complexo e que atuam em um mercado competitivo. Exemplos são as Estatais, grandes Bancos e até Multinacionais com filiais espalhadas pelo mundo. Essas empresas percebem todo o movimento de inovação que vem acontecendo em outras empresas, em alguns casos entendem a importância e buscam criar núcleos de inovação, totalmente separado da estrutura da empresa. O modelo de profissional aqui é bem segregado. Buscam profissionais com sólidos conhecimentos em suas tecnologias e também com muita experiência, geralmente na mesma área de atuação da empresa. E para os casos das empresas que adotam os centros de inovação, o perfil nesses centros é muito mais próximo ao das empresas que "respiram inovação".
As que estão em transição
Geralmente empresas com alguma idade, com negócio consolidado e perdendo espaço para novos concorrentes. Essas empresas costumam buscar profissionais atualizados e com experiência, porém, nesses casos ocorre o que foi apresentado no titulo desse artigo. A empresa pode não estar preparada para você e isso pode ser bom ou ruim, tudo depende de você.
Algumas empresas, quando buscam esses profissionais "modelo", acabam promovendo algum tipo de frustração nesse tipo de profissional. Isso ocorre porque o dinamismo e vontade de inovação desses profissionais é tão grande que eles acabam por ficar incomodados com legados, implementações questionáveis ou até mesmo modelo de trabalho mais conservador.
Como frustração pode ser boa?
Empresas que estão em transição, buscando inovar, antes de mais nada, possuem cautela. E deixar um colaborador recém contratado botar fogo no parquinho é totalmente insanidade. Não é questão de tempo de empresa ou confiança no colaborador. A questão aqui está mais relacionada a seguir passos e conquistar terreno. Sabe o jogo de tabuleiro War? Em alguns momentos você vai jogar os dados e vai conquistar terreno para promover inovação, mas em outros momentos vai encontrar tropas/obstáculos muito delicados e que necessitam de mais jogadas para que seja possível se movimentar para aquele território.
O profissional que se encontrar em uma situação como essa, pode fazer duas coisas: se frustrar e eventualmente sair da empresa ou entender o momento da empresa e avançar as casas, passo a passo, promovendo mudanças e gerando resultado.
Então...
Tente entender que tipo de profissional você é e entenda que você pode conquistar progressão em uma empresa que respira inovação, você pode gerar resultados incríveis em empresas tradicionais e você pode ser aquele que vai transformar uma empresa que está buscando inovar. Tudo sempre vai depender de você compreender, aceitar o momento da empresa e a partir desse entendimento você saberá qual estratégia seguir.
A oportunidade está em todos os lugares, a aparência pode ser diferente, mas ela está lá.